Operação incluiu aquisição da Fox Sports pela Disney, proprietária da ESPN
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) começou a analisar os impactos concorrenciais da compra da Century Fox pela Walt Disney, por US$ 71,3 bilhões.
O Brasil é um dos 24 países em que a autoridade antitruste terá de dar aval à operação. A Disney está sendo representada pelo escritório Levy & Salomão Advogados, enquanto a Century Fox pelo Grinberg Cordovil Advogados.
No Brasil, a Disney é detentora da ESPN do Brasil Eventos Esportivos Ltda., The Walt Disney Company (Brasil) Ltda., Rádio Itapema FM de São Paulo Ltda. 12 e A&E Ole Audiovisual Serviços e Representações Ltda.
A Century Fox, por sua vez, detém a Endemol Shine Brasil Produções
Ltda.; Fox Film do Brasil Ltda. e Fox Latin American Channels do Brasil Ltda.
Ambas as partes envolvidas atuam no Brasil na distribuição e na programação de conteúdo audiovisual. De acordo com os advogados das empresas, as atividades se sobrepõem principalmente na distribuição de filmes para exibição cinematográfica e na operação e licenciamento de canais de TV por assinatura.
Segundo advogados, o mercado mais sensível da operação é o esportivo. Os próprios requerentes fazem um destaque adicional no formulário de notificação.
A Disney detém, por exemplo, a ESPN Brasil. A Fox, por sua vez, é proprietária dos canais Fox Sports no Brasil.
Na visão dos proponentes da operação, a compra não causa impacto no setor esportivo devido, principalmente, à não detenção dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro por nenhuma das empresas – hoje, o Brasileirão é de posse da Globo e do Esporte Interativo.
Fonte: Portal Jota
Por GUILHERME PIMENTA – Repórter de mercado de capitais do JOTA. E-mail: guilherme.pimenta@jota.info